24/02/09
Ahh... um tempinho para escrever para o blog e para descansar a cabeça. Estes últimos 3 (?) dias foram, sem a mais pequena e ainda imatura dúvida, estafantes mas, ao mesmo tempo, muito produtivos. Para quem ainda está a impar dos meus planos, fui a Pádova e a Veneza.
Comecemos então:
Sábado, a Maria, o João, a Luisa (prima da Maria) Bernardo e Gonçalo (amigos do João) foram a Bolonha para passar o dia e comprar bilhetes para um jogo de futebol. Eu não fui tão cedo porque já tinha visitado Bolonha 4 vezes e por isso não fazia questão de me levantar tão cedo para apanhar o comboio. Acabei, no fim de tudo, por não ir, porque eles não conseguiram arranjar bilhetes. Muito a Maria chorou quando soube que não ia ao jogo.
“sendo assim” pensei eu para comigo mesmo “vou directamente para Pádova onde prevejo um futuro promissor para o Nestor Babalu, que não faço ideia de quem seja. 3horas de comboio, cheguei e esperei por eles. Depois de jantármos fomos deixar as malas em casa da Inês, que está a fazer erasmus lá, e partimos para o Banal, um barracão que servia de discoteca em Pádova. No fim, fizemos uma jam session, onde com beatbox e rap improvisado, animámos o final da noite. Cantámos que nos fartámos deixem-me dizer-vos. Toca a andar para casa das Raqueis, umas “conhecidas” da Maria, que nos emprestaram o seu chão para que dormissemos tranquilamente. É claro que nunca se dorme tranquilamente num chão e para mais quando estão 16 pessoas a dormir na mesma casa, mas conseguimos descansar e agradecemos às donas. Uma nota: eu dormi no chão de um quarto e os outros dormiram no corredor. Parecia uma zona pós guerra onde um terrível massacre acontecera. Fim da nota.
No dia seguinte conhecemos Pádova, acompanhados pela Mariana, também prima da Maria. Acho que, como a minha paciência para escrever tem decrescido a largos hectares, deixo umas fotografias para que possam ter uma ideia da cidade (adorei a cidade já agora):
Next day, Veneza, que é mais ou menos a meia hora de Pádova. Como sabem, por esta altura celebra-se o Carnaval e Veneza festeja-o em grande. É claro que não fomos no dia mais importante mas de qualquer maneira conhecemos ainda melhor a cidade e rimo-nos com as máscaras passantes. Desta vez, tivemos também a companhia da Inês e da Rita, que está também a fazer erasmus em Pádova. O João comprou uma máscara bem feia e as atenções centraram-se nele. Mais fotografias (para quem leu tudo até aqui, Parabéns! Acabou de ganhar um barco de borracha, que poderá levar facilmente para pescar no seu rio preferido!):
Ao longo da cidade existiam vários percursos que se relacionavam com os cinco sentidos (ou seis, segundo eles). Nós fomos ao da Visão onde nos fizeram passar a experiência de sermos cegos, de vivermos totalmente na escuridão. Basicamente tinhamos de passar por um labirinto completamente às escuras e ir sentido as coisas, de várias texturas, que apareciam a camingo. Fomos guiados por um homem cego o que oferecia um outro valor aquilo tudo. Os meus olhos doiam-me por não encontrar nenhum ponto luminoso e desesperavam. Fizemos uma corrente de mãos e andámos, passando também por pequenos obstáculos. Um ponto interessante é que íamos muito agachados, não sendo nada necessário. Acho que tinhamos medo de bater com a cabeça nalgum lado. O guia ia tranquilo, puxando o líder da fila sempre que fosse preciso. No fim, ele disse: Agora devem querer voltar para a luz. Esta frase deixou-nos a todos (acho eu) um bocado pensativos. Nós tinhamos essa opção, ele não tinha escolha nenhuma. Ele falava conosco olhando para nós pois seguia a direcção da nossa voz. Gostei muito.
O frio começou a apertar e às 11h e tal apanhámos o comboio para ir para casa. Conhecemos um americano muito porreiro no comboio que nos contou por onde andava a viajar. Foi bom falar inglês e praticar.
Frio em Pádova. João cai da bicicleta da Rita, e a bebidas que estavam dentro da mochilo dela, partem-se e molham todo o conteudo. Way to go Johny boy. Mas a Rita mostrou a sua postura mais tranquila. Um ponto a favor dela.
De resto... acho que não há muito mais para contar. Dormimos um bocado na casa das Raqueis e fomos às 5h da manhã para a estação para voltármos para Milão. Conhecemos um napolitano MUITA chato que não largou a Maria nunca e queria fazer dela a sua namorada. Já ninguém falava com ele, porque a conversa era de tal maneira má que nos fartámos. Involvia moda (críticas à nossa roupa (a minha estava completamente out “Há dez anos que não se usava isto”), depilar de sombrancelhas, a namorada dele (sim, ele tinha uma), etc. E para melhor tudo, ele tinha um sotaque do sul que não se percebia nada. Foi difícil chegar onde ele queria.
E é isto. Uma última viagem, um último divertimento, um último cansaço.
1 comentário:
no last, goodbye post??
what a loser!!!!!!!
até já:)
ps. boas fotog, veneza no carnaval deve ter o seu 'je ne sais quoi'
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