Depois de irmos a uma festa numa residência de estudantes e de comermos que nem uns porcos e de conhecermos mais erasmus, partimos, eu, Maria e João, para casa. Tivemos de sair cedo da festança pois o porteiro deixou-nos entrar com a condição de sairmos às 11h. Para fazer tempo antes de ir para o The Club(sim, nós fazemos muito tempo em Milão, de facto, sou dono de uma fábrica de tempo milanesa!) estivemos em casa a fazer macacas e danças para a camara da Maria e já bem animados partimos para a disco. Encontrámos os nossos amigos da residência no tram e entrámos todos juntos.
Eu com as francesas Eli e Alex.
O espaço foi enchido como se não houvesse amanhã e eu fartei-me rapidamente. Saímos os três dali para fora com o rabo entre as pernas.
Conseguimos chegar a casa e posso talvez dizer que fomos os primeiros cidadãos de Milão a ver a neve cair!
No dia seguinte fui acordado com os gritos da Rita e da Maria que entraram de rompante pelo quarto. Havia qualquer coisa lá fora que elas queriam que nós vissemos. Nem me levantei. Percebi pelas reacções do João e do Diogo que o que estava lá fora não era o coelho da Páscoa, mas neve. O coelho seria uma surpresa mais agradável.
Não consegui ir à primeira hora, a sound design. Estava com muito sono e com uma cara um bocado má por isso decidi-me quedar-me na cama. Para além disso não sei ainda se tenho equivalência nessa cadeira.. Enfim a ver bamos.
Abri a porta e aquele novo dia parecia uma nova aventura a ser vivida. O bananas. Com os meus sapatos consegui-me enterrar no primeiro monte de neve que encontrei, ficando completamente molhado. E isto durante uma hora! Ou quase.. Ainda por cima na aula estava com os pés de tal maneira gelados que o exercício não me saiu tão bem como eu queria.
Tinha de comprar umas botas com a máxima urgência. ESTADO DE EMERGÊNCIAAAA!!! – gritou o presidente. Fui directo pa Decathlon e procurei e procurei. Mas nada. A Marta e Mariana juntaram-se a mim para comprar também umas botas. Nada. Saí de lá com um saco de cama e umas meias grossas de neve. Davam jeito.
Fomos para o Corso Buenos Aires onde há uma quantidade bellissima de lojas e na Bata lá comprei as botas. Não eram as minhas predilectas mas aqueciam. O pior é que parecia que estava com saltos altos pois a sola é muito grossa e por isso não estava habituado a andar com aquilo. De qualquer maneira vinguei-me da neve e sorri-lhe com desprezo.
Jantei em casa das miúdas muito bem.
Sempre teve um final feliz .
Moral da história: A neve é bonita de se ver, mas não de se andar.
Sem comentários:
Enviar um comentário