terça-feira, 6 de janeiro de 2009

P.S. - I love you Abóbora

Mas verdade seja dita, as melhores ideias acontecem sempre de noite. Pelo menos no meu caso. Quando me deito, fico a pensar numa série de coisas que tenho de fazer na vida. É uma espécie de elaboração de planos mentais para que o meu futuro corresponda às minhas expectativas. É claro que demoro sempre 2 ou mais horas a adormecer. Dentro da minha cabeça realiza-se uma festival de ideias que dura a noite toda. Quando acordo essas ideias parecem-me ridículas e um pouco absurdas. Vejam por exemplo esta ideia para um conto:

Era uma vez, numa terra distante, rodeada de montanhas adormecidas, um Rei que adorava abóboras. Desde pequeno que não só tirava prazer em come-las, como também de observar o seu crescimento. Era um Rei estranho dizia a população, resignada com o facto de terem de comer abóbora a todas as refeições. Assim era: se o Rei gostava, o povo também tinha de gostar. E por muitos anos assim se viveu naquelas terras aboborianas.
Uma noite, quando o Rei estava deitado na cama relendo pela 72ª vez a história da Cinderela e da sua carruagem abóbora (o que lhe deu algumas ideias), uma forte e brilhante luz apareceu reflectida no grande espelho de corpo inteiro que estava apoiado na parede. Quando o Rei se habituou à luz pode reconhecer os contornos e formas da mulher mais bonita que alguma vez ele já vira.
- Quem sois? Um anjo?
- Não. Sou Melinda, a fada Abóbora – disse a fada delicamente.
De facto, a tal mulher, não so tinha umas pequenas asas como um grande chapéu de abóbora que lhe ficava ridiculamente mal.
- UAU! Não fazia ideia que existiam fadas das abóboras!
- Parece que existem – disse a fada estoicamente.
- Então e o que a traz por estas bandas? – disse o Rei deitando-se de barriga para baixo e apoiando a cara com as mãos.
- Vim parar o vil enjoo que tens provocado ao teu povo. Eles estão cada vez mais fartos de abóboras e algum dia ficarão tão fartos que as detestaram para sempre – disse a fada realçando esta ultima parte.
- Ora..ora ora ora. Que disparate aboboriático! Isso nunca vai acontecer. Mas diga-me. Qual era mesmo o seu nome bela donzela?
- Melinda. Sou uma fada -
- Melissa hã? Ok... Isto é uma partida do Bob, o cozinheiro real certo? Ah, Bob, sempre com estas piadas!
- Melinda! O quê? Não é uma partida nenhuma. Sou a fada Abóbora! Não ve pelas minhas asas mágicas e o meu brilho resplandecente?
- Hum hum.. efeitos especiais das novas tecnologias? Realmente está de facto muito bem feito! Mas diga-me fada Melissa.
- Melinda. O MEU NOME É MELINDA!
- É um nome um pouco ridículo digo-lhe já.
- FOI O NOME QUE A MINHA MÃE ME DEU! – disse a fada agora enrraivecida.
- E o seu pai?
- O meu pai?
- Sim, existem fados não?
- Não existem fados nenhuns. Só fadas.
- Então como se reproduzem?
- O quê?! Eu, bem.. Estala-se os dedos e aparece uma fada. Vê – e assim a fada estalou os dedos e de facto apareceu uma fada muito pequena.
- Impressionante – disse o rei sinceramente espantado – E como a vai chamar? OLHE A SUA FILHA A VOAR PELA JANELA!
- Ela é livre de ir para onde quer. As fadas são assim.
- Certo...Posso tentar?
- Não funciona com humanos. Bem mas eu vim até aqui para..O que estás a fazer?
O Rei estalava os dedos compulsivamente.
- Podes parar de estalar os dedos?? Estou a tentar falar! – disse a fada corada de raiva.
- GRRAUUUURR – rugiu ela. E com um Plim desapareceu de vista.
Mas o que a fada não sabia, era que a sua missão tinha sido cumprida. O Rei estava de tal maneira obcecado com o estalar dos seus dedos que perdeu o interesse pelas abóboras e assim o Reino pode ficar livre de comer aboboras para o resto da vida. FIM.


Hã? Demasiado cool não foi? Mas para que fique escrito eu não adormeço a pensar em contos infantis sem moral nenhuma.. este foi um que me surgiu na cabeça, heh.



Hoje tomei um banho de banheira. Já há, literalmente, anos que não tomava. Foi bom mas no fim estava de tal maneira relaxado que comecei a ficar com sono. Saí da banheira com o corpo entorpecido.
Outra coisa muito interessante. Estou a ver uma média de 3 filmes por dia. Tenho visto de tudo, desde os clássicos até aos mais comerciais. Acho que vou acabar de ver o meu carregamento de filmes só esta semana. Mas é compreensível! Não está cá ninguém em casa, ainda não comecei as aulas e está a nevar como se não houvesse o depois de amanhã. Que querem que eu faça? Vá para a rua apanhar ar e combinar coisas com amigos? Pois, parece-me bem que não. Não, de vez em quando lá saio para apanhar ar e ginasticar as pernas.
Este é capaz de ser um dos posts mais estranhos (e mais longo Martim..) que já escrevi mas dêm-me um desconto de 5 euros: eu estou mergulhado de filmes até aos olhos e não tenho ninguém com quem falar. De qualquer maneira eles chegam de Roma depois de amanhã por isso o martírio está quase a acabar.
Uma abóbora para todos. Hurray!

4 comentários:

hen disse...

acho que estas a precisar de uma gata borralheira

Martim disse...

Talvez esteja meu amigo!

Jo disse...

Ahahah... "Olhe a sua filha a voar pela janela"
Bem melhor que a última tentativa de Nicholas Sparks, o que se passava contigo?
Mas, ahahah... estou a imaginar o Rei a estalar os dedos à Melissa.
"Contos infantis sem moral nenhuma"
moral: ter animação!
solução: estou a caminho!
Até já!!!

Martim disse...

É MELINDA!
(lol)