quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

15663 - 13656 + 2 = 2009

Desta vez fui escoltado pela minha família até ao aeroporto de Lisboa. Com um “até já” as despedidas foram rápidas e sem muitos dramas. Afinal, dois meses passam mais rápido que um piscar de olhos. Eu que o diga. Os primeiros dois meses em Milão parecem-me mais dois dias. Passou tudo muito rápido mas mesmo assim parece-me que vivi um ano em Milão. Talvez por ter conhecido coisas que nunca tinha conhecido. Apanhei o avião com o João, Maria e Rita sem dramas nem stresses e a viagem foi rápida. O frio em Milão ainda reinava por aquelas terras e pudemos ver uma paisagem quase toda branca de neve. Estava a nevar e uma temperatura muito baixa. A Maria começou a ficar louca com as horas porque não queria passar o ano dentro de um autocarro a caminho do centro. Mas eu descansei-a e disse-lhe que chegaríamos a horas ou não me chamava eu Arnaldo Domingues. Chegámos a casa a boas horas, pousámos as malas, vestimos uma roupa mais quente (menos o João que levou os seus ténis e congelou o pé) e fomos para o Castelo onde os milaneses se reuniam para festejar. Saímos do metro na piazza Duomo e o caos começou. A praça parecia um campo de batalha e agora era mesmo verdade: eu corria perigo de vida! Yes. Em Itália pelos vistos, não é proibido de se deitar bombas de carnaval nas ruas e estas explodiam em todo o lado com um estrondo que quase deixou os nossos ouvidos em sangue. A Rita quase entrou em pânico e depois de ver o fogo de artifício foi para casa. As condições não eram boas é verdade: o frio que congelava os nossos ossos, o medo de uma bomba rebentar nos nossos pés e a fome que apertava os nossos estomagos e dizia:”Mestre, preciso de alimento”. Mesmo assim ainda passeámos um bocado, sempre a correr de um lado para o outro para não sermos atingidos por bombas que vinham dos céus (sim, as pessoas atiravam bombas ao calhas pelo ar), comemos um panini muito bom e vimos um bonzinho fogo de artifício. Tive pena que ninguém tenha contado os segundos para a passagem de ano! Não se ouviu nada e toda gente limitou-se a continuar a rebentar bombas e a festejar. De qualquer maneira, comemos as passas um bocado ao calhas, que a maria tinha trazido generosamente de Lisboa.


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Já marquei a viagem de volta para Lisboa. Chego dia 27 de Fevereiro!

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