Era uma vez um planeta. Um planeta muito pequeno que pairava no negro do universo. Engolido pela escuridão e perdido no meio do nada. Um planeta solitário que não conhecia mais nada para além do vazio. Rodava sobre o seu eixo, mas não sabia para que lado girava. Não tinha sombra. Não conhecia a sua forma e a sua existência estava dissolvida desde que nascera.
Sobre a sua superfície existia uma única pequena população que não se podia reproduzir. Viviam há muitos milhares de anos entre si e também não conheciam mais nada para além dos seus. Apesar de ser uma população pequena e da mesma espécie, cada membro era diferente e detinham as mais variadas personalidades. Uns gostavam de tocar piano, outros gostavam de comer bolo de morango, outros gostavam de cantar ópera, outros gostavam de saltar de penhascos para o mar. Outros não sabiam ler, outros sabiam. Outros sabiam fazer contas e outros sabiam dançar. Apesar de existirem certos conflitos entre si, todos tentavam se dar bem e guardar a paz que detinham há muitos anos.
Um dia, no centro da pequena aldeia onde viviam, um pedaço do solo foi engolido pela terra e um pequeno buraco apareceu. Não cabia lá uma pessoa, talvez uma criança, mas ninguém se atreveu a descer para dentro do fundo buraco.
Semanas passaram, e as pessoas habituaram-se ao estranho buraco, nunca se dando ao trabalho de o tapar. Mas um dia, uma pequena menina apareceu lá de dentro. Uma menina cor de barro, com um cabelo curto e escuro e uns grandes olhos pretos. Nascera no centro do Planeta, no seu interior, onde a lava devorava e a rocha fervia, onde a energia era uma força bestial e submergia para dar vida. Gaia era o seu nome.
Como sempre, acordei a horas e levantei-me sem protestar comigo mesmo. 9h. Tomei banho e depois tentei acordar a Maria e o João. "Chama a Maria primeiro", "Chama o João primeiro". Desisti, irritei-me e fiquei calado a tomar o pequeno almoço. Se eles não se conseguiam levantar para ir fazer a viagem, mais valia ficarem mesmo a dormir o dia inteiro. É claro que não aguentei e fui acordar à força a Maria. Tomou banho e depois fiz o mesmo com o João. Metemo-nos no autobus a tempo e a horas e, mais importante que tudo, sem me deixar maluco de stress para chegar a tempo a Cadorna, à estação dos comboios. Comprámos os bilhetes numa máquina automática e esperámos pelo Francisco Cabral que lá apareceu com a sua companheira, a máquina fotográfica. O mais chato de todos para tirar fotografias.
Uma hora até ao lago. A viagem fez-se rapidamente e sem grandes problemas. Chegámos e encontrámos uma pequena aldeia/cidade (?) à nossa espera, muito calminha e bem arejada. O lago estava mesmo à nossa frente e por isso corremos para a água e nadámos. WRONG. Ficámo-nos pelas vistas. Comprámos bilhetes para o barco e, depois de esperármos uns minutos, embarcámos num pequeno barco turístico. Ficámos na parte de fora atrás. Ah, que bela paisagem, onde quase que podíamos avistar ninfas do lago a banharem-se nas águas límpidas. Falando em ninfas, havia um número considerável de cisnes e patos a nadarem.
Resolvemos continuar a andar e voltar para o pequeno cais. A minha fome apertava, como já é hábito, e comecei a fraquejar e a ficar mal humorado. Tinha de comer. Apanhei um pato e comi-o ali mesmo para grande horror dos meus companheiros de viagem. Ofereci um bocado da perna mas recusaram imediatamente.
O barco que nos iria levar de volta chegou e pusemo-nos a andar daquela maldita terra. (Parece que não mas muitas horas tinham passado desde que tinhamos saído de Como). Voltámos ao primeiro cais de todos, a Como, e fomos ao Duomo. Estava tão cansado que só me apetecia ir embora. Mas não sem comer um gelado. Iogurte com amoras silvestres e Spagnola. Sabores estranhos mas gostei. Gosto de variar. Não sou como o João que come SEMPRE o gelado de sabor a banana. Loser.
O comboio levou-nos e durante a viagem adormecemos. Nem quando o pica me pediu o bilhete acordei.
Enfim, mais um dia bem passado apesar do seu final (onde estou agora) não ter corrido tão bem. De qualquer maneira, jantei uns bifes feitos por mim. Acho que estou a melhorar! A Maria e João gostaram muito e eu senti-me orgulhoso. Agora tenho de aprender, com alguém a me orientar, a fazer arroz e esparguete. Eu sei que é facil mas não discutam comigo, ensinem-me que eu aprendo com a boa vontade de um cozinheiro amador em vias de se tornar famoso.
Mestre Martim
P.S. - Obrigado Maria, pelos conselhos jurídicos que me deste. Fiquei mais elucidado e esclarecido! Sim, não sei como não me lembrei da grupeta jurídica mais fixe. Obrigado por me lembrares dela! ;)
P.S.2 - Obrigado também pelos comentários! Saibam que os leio com muito gosto. Obrigado (é o último) pelas mensagens que me mandam para o telemóvel português mas eu como estou sem dinheiro não posso responder godammit. Peçam-me o número italiano! ;)
P.S.3 - Mais tarde posto mais fotografias do Lago!
5 comentários:
MARTIM... passados 5 segundos de ter estado a falar contigo já invades meus pensamentos novamente e tive de vir ver o teu blog e deixar um pequeno comentário!!
Nem vou comentar o desprezo q deste ao mais grupo jurídico... Ainda bem que ja sabes resolver o teu problema..
Fazes lindamente em aproveitar o tempo para viajar e conhecer imensos sítios para quando te formos visitar seres o mais entendido e orientado na tua nova cidade.
A grupeta juridica ainda nao fez nenhum jantar desde q te foste q os tantos jantares em tua homenagem fizeram-nos ficar fartos lolol: a maria manel e eu é q fomos sair noutro dia para o lux e foi brutal!! Vou começar a investigar voos para te irmos visitar...
grande beijinho
ana
Pessoal, espero que se tejam a divertir! Aproveitem bem a viagem, pois só vão fazê -la uma vez!
Cumprimentos para todos!
Ps : Aragão, ver se deixas de ser calão e vais à net pá. lol.
Bird, os teus textos começam a tornar-se extensos demais, já perdi todo o interesse em ler tudo, salto paragrafos e afins.. portanto estao a ficar.. ''BOOOORING''
Oh estava a brincar, parece estranho, mas continuo a ler tudo com (algum) interesse. Ainda bem que está a ser mesmo giro e que estás a aproveitar para ver tudo o que há por aí. Ainda acredito que vou ai (apesar de a Joana agora estar numa de se cortar).
Agora deixo-te triste e digo-te que estamos numa de ir todos jantar (SEM TIIII AHAHAHA) Ok, sem ti, sem o Cabral e sem o Luis.
Não sei se recebeste a mensagem que mandei (para o telemovel portugues.. Ninu depois manda-me o teu italiano sim??), mas agora sempre que vejo os simpsons (este 'sempre' é todos os dias) lembro-me de ti bird.
Beijinhos
P.s Como fazer arroz:
Fazes o refugado: azeite e cebola (nao metas uma inteira, é bocadinhos cortados stupid bird) a ferver num tacho.. depois metes um copo de arroz, e dois de agua, ou dois de arroz e quatro de agua (conclusao martim, é sempre o dobro da agua, right?)
E depois fica a fazer. Não mexas muito se não fica uma papa. Mas tambem nao te esqueças dele no tacho que quima! Kiss
Sou fantastica
olha... descobri uma nova faceta no martim!
humor sarcástico!
parece-me bem!!!!!
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