terça-feira, 21 de outubro de 2008

Flores para Florença

20/10/2008

Sábado eu e o João acordámos bem cedo (5h) para mais uma aventura fora de Milão. Desta vez a Maria, Rita e Diogo não vinham. O casal foi passar um dia romântico a Veneza e a miúda ficou por casa a cozinhar. Ela está a cozinhar cada vez melhor amigos e familiares da Maria! Aproveitem este diamante ainda por polir (não me lembro do termo técnico).
Apanhámos o comboio, que nos foi um bocado caro, para Firenze e na viagem adormecemos que nem patinhos. Chegámos mais cedo do que estávamos à espera e fomos até ao centro. Depois de andármos um bocado a pé, cansámo-nos e resolvemos apanhar o autocarro. Poupámos uns 20m.
Encontrámos à nossa espera uma feirinha que vendia uma variedade de coisas. Sentámo-nos nas escadas de uma igreja para fazer tempo enquanto o Luis não chegava. Naquela noite iamos dormir em casa da prima do Luis, a Carolina, que tinha uma casa a 1m do Duomo de Florença. *martim está pouco inspirado*
Resolvemos dar uma volta e fomos ver o tal Duomo. Todas as ruelas pareciam ter história e todos os recantos eram dignos de serem olhados. É uma das cidades mais bonitas que visitei em Itália (também não visitei assim muitas...). O Duomo é realmente impressionante. Muito majestoso, mas toda a sua magnitude é um bocado perdida por estar onde está. Mesmo à sua frente está o Batistero, que parece que foi ali metido porque não havia outro sítio. Dá uma sensação de encafuamento. Mesmo assim adorei o estilo deste Duomo, se calhar ainda mais do que o de Milão. Foi na sua escadaria que esperámos ver a cara do Luis no meio dos 19388492 turistas que se passeavam na praça. Acho que nunca vi tantos turistas juntos. Eram facilmente detectados por se deslocarem em grandes manadas e haver sempre um líder com uma bandeirinha à frente de maneira a não se perderem. Senti-me como repórter do BBC vida selvagem a observar o pastor e seu rebanho.
O Luis lá apareceu e fomos por as malas na casa da tal prima. Era mesmo muito central e muito perto do Duomo. O problema foi a escadaria até ao 3º andar que quase me matou de ataque cardíaco. Subir aquilo todos os dias não devia ser tarefa fácil para uma inocente velhota.
Fomos muito bem recebidos pela Carolina e pela Mia na sua casa quase toda amarela e cheia de posters e quadros de gatos (que eram do Senhorio disseram elas. yeah right).
Fomos então explorar a cidade e adorei. Como estou pouco inspirado deixo aqui umas fotografias para imaginarem o que foi que senti.













É pena que a maior parte das estátuas que estão nos locais públicos sejam cópias. Tira um bocado daquela ansiedade em ve-las. Fui também ao museu de qual não me lembro do nome, onde estavam obras muito conhecidas, entre elas a O Nascimento de Vénus. Eu e o João devemos ter passado ao lado pois não a vimos em lado nenhum. Aquilo era realmente enorme. Depois do Luis nos ter dado na cabeça fomos a mais museus, igrejas, capelas, palácios dos Medici.
À noite, jantámos em casa um prato que o Luis fez: bifinhos de frango com molho de pêssego. Comemos e chorámos de alegria. ALELUIA disse eu de uma maneira gospel. Depois de muitas ameças da Carolina em me deixar fora de casa a dormir no degrau, devido às minhas gozações, e apesar de estarmos podres, fomos dar uma volta a S. Croce que, supostamente, era o sítio onde a malta da nossa idade se reunia... Só havia espanhois e portugueses! E ainda apanhámos um susto com uma amiga da Mia e da Carolina que falava estranhamente e estava meio maluca. Só visto acho eu. Também apareceu o Diogo, que conhecemos em Cinqueterre e que nos fez companhia como mais um português naquele grupo erásmisco.
O Luis estava mais cansado do que eu alguma vez o vi. A sua cabeça cambaleava e os seus olhos nunca abriram. Como não queria passar mais vergonhas com aquele teatro de sono resolvemos por-nos a andar para casa. Estávamos mesmo cansados e com fome.
No dia seguinte vimos mais coisas: Ponte Vechio, Palazzo Pitti, etc etc.
Há noite, mais um stress para a apanhar o comboio. Os bilhetes também eram caros e os ecrãs teimavam em mostrar o binário do comboio. No fim lá conseguimos apanhá-lo e deslocámo-nos até Hogwarts. ALL ABORDANA!
Na viagem, já lá mais para o fim, uma italiana meteu conversa e, ouvindo a nossa conversa quanto ao guia de conversação de italiano, resolveu nos dar umas lições de gramática. Aprendi muita coisa e palavras novas. Mas ela era um bocado estranha. Por momentos tive medo que ela mordesse o meu pescoço e me sugasse o sangue todo. Para além disso ria exageradamente e quando não calhava.
FIM

Conclusão: Adorei Florença.
Mais uma viagem para a lista. CACHING*

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Hoje foi o meu primeiro dia de aulas. Acordei bem cedo como vou ficando habituado e demorei uma hora a chegar à faculdade. Encontrei bem a sala e conheci logo uma grega muito porreira. No principio parlei em italiano mas depois passei discretamente para o inglês e a conversa fluiu melhor. Chamava-se Daphne (estou a ver que estou nome é muito popular na Grécia) e apresentou-me à Mu (dúvidas irracionais quanto ao nome) que era tailandesa. Também conheci outros da minha aula quando fomos todos tomar café. Muito porreiros todos. A Daphne estudava japonês e tem um namorado japonês. Disse-me que tinhamos de combinar um jantar para ela me aprensentar os seus amigos japoneses e assim eu poderia praticar o japonês. Calhava orientalmente bem!
A aula foi muito boa. Esta semana é só tenho estas disciplina e outra que sao teóricas, mas mesmo assim não deixei de gostar. O professor explicou tudo muito bem e eu, com o meu italiano básico, fui aos poucos percebendo e apanhando palavras soltas de maneira a construir um intricado raciocínio. Vimos um filme chamado eXistence que era com o Jude Law e estava dobrado em italiano. Não sei se conhecem, mas gostei muito apesar de ter certas partes nojentas. A Mu ainda me perguntou se eu conseguia almoçar depois de ver aquilo. lol
A segunda aula foi mais secante mas a professora era porreira. O assunto foi Cyberfemininismo. O nome é estranho mas tem mais que se lhe diga. Mesmo assim das 9h às 18h com uma hora de almoço é cansativo e às tantas só queria ir para casa. A stora disse-me que tinha estado em Lisboa neste ano e que tinha adorado a cidade.
(é impressão minha ou estou a escrever frases sem qualquer paixão)
Concluindo, fiquei com uma optima impressão da faculdade e a Daphne, que estava a acabar o curso, disse-me muito bem daquilo. Para além disso ela quer trabalhar para o Studio Ghibli (Viagem de Chihiro, Princesa Mononoke, O Castelo Andante, etc), que era onde eu também gostava de trabalhar e acho que ela tem séria chances de conseguir. Se com este curso ela está a pensar em trabalhar lá, é bom sinal.

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Se calhar vou mudar para uma outra casa mais central e a um bom preço! Aguardem por notícias frescas que estas já têm um bocado de bolor. Tira-se o bolor e come-se como aprendi em Álcacer ;)

4 comentários:

cate disse...

gostei de falar contigo hoje:):):)
tas um homenzinho!!!!!! HAHA er....
espero que a vida ai continue tao emocionante como tem sido, pelo menos tens historias pra me contares;) hehe
beijinho com tantas, mas tantas saudades

Martim disse...

Tb gostei muito de parlare contigo (o género italiano,lol). Foi muito bom para matar saudades :)
Acabei de voltar da noite muita cedo pa ir amanha pas aulas. boring..
Um grande beijo com muitas saudades do teu mais que tudo.

Ana disse...

querido tim... ja eu nao posso dizer o mesmo q a catarina q ja te apanhei de saida...
olha por ca nada de novo: Tivemos juntos no sabado mas tivemos so em casa da catarina a conviver que foi quando fizemos a "aposta" ...
olha o miguel lamy pediu me para te deixar isto de recordacao

http://www.youtube.com/watch?v=F1t0_rZLbFA

beijinhos com saudades...
Ana

ps: tou a ver videos do nelo e idalia e nao consigo parar d rir

madalena disse...

Aprendeste em Alcacer??
Nao foi concerteza comigo, que eu ca se ha bolor é lixo directo!;)
Coisas da Marilu, que é uma mulher muito practica e economica!;)